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Quando menino costumava deitar-me de costas no chão e ficar admirando o céu. Observava a caravana de nuvens, imaginando-as figuras de animais. Dragões, elevantes, girafas e etc., disparavam rumo ao horizonte. Permanecia horas assim, até a noite chegar deitando um lençol cravejado de diamantes sobre a vila, sossegando-a. Era hora de voltar para casa, jantar e inventar outras brincadeiras. A mais divertida era olhar o jogo de luz e sombra que o lampião a querosene realizava nas paredes. Muitos de meus personagens, embora disso eu não soubesse, foram "criados" nessas noites tranqüilas, ouvidos atentos aos estalos da madeira do chalé, sussurrando com as sombras.
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