sábado, 11 de julho de 2009

Santa Teresa de Ávila




Em menino as imagens sacras me assustavam. Ao adentrar as igrejas, independentemente do seu tamanho, logo minha atenção recaia sobre os santos e santas. Vasculhava seus respectivos olhares e, temeroso, logo afastava meu olhar, temendo enc0ntrar neles resquícios de punições. Ao deixar a igreja ou capela, prometia a mim mesmo não mais nelas entrar. Entretanto, atração maior me levava a elas. Como ocorre ainda hoje. Sempre que posso entro numa igreja, sento-me a um banco e me deixo ficar quieto, observando. Meu olhar corre atrás da "santarada", procurando devassar os mistérios, ocultos na quietude dos olhos, na profunda e inquietante imobilidade dos altares.
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Quem sou eu

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Manoel Soares Magalhães, 54 anos, é pelotense. Jornalista, escritor e pintor naïf, tem cinco livros publicados: Guerra Silenciosa – livro-reportagem; Dois Textos Marginais – contos; O Abismo na Gaveta – romance; O Homem que Brigava com Deus – romance; Vampiros - romance. Magalhães também é autor teatral e roteirista de cinema. Em 1982 ganhou o Prêmio João Simões Lopes Neto – gênero teatro, e em 2005, no mesmo Prêmio – gênero contos, foi finalista com o conto A Mosca, publicado na antologia de Contos João Simões Lopes Neto. Atualmente, além de escrever, prepara exposição de arte, pintando as charqueadas e os casarões de Pelotas no estilo naïf (primitivo). Como jornalista trabalhou no Diário Popular, Pelotas; no Diário Catarinense, Florianópolis; e Correio Braziliense, Brasília. Viajou pelo país como free-lance, vendendo reportagens para vários jornais brasileiros.